Tupinambá é o nome de um povo
indígena brasileiro que, por volta do
século XVI, habitava duas regiões da costa
brasileira: a primeira ia desde a margem direita do
rio São Francisco até o
Recôncavo Baiano a segunda ia do
cabo de São Tomé, no atual
estado do
Rio de Janeiro, até
São Sebastião, hoje o estado de
São Paulo. Esse segundo grupo também era denominado de
tamoio.
Ao todo, ambos os grupos compunham-se de 100.000 indivíduos e eram a nação indígena mais conhecida de toda a
costa brasileira pelos navegadores europeus do século XVI.
Atualmente, o principal grupo tupinambá reside no sul
do estado da
Bahia: são os
tupinambás de Olivença. A maior parte da população Tupinamba vive
nos centros urbanos, principalmente nas regiões metropolitanas do
sudeste, centro-oeste e nordeste. No sudeste, São Paulo é a cidade com
maior população de etnia Tupinambá. Nem IBGE nem militantes
estimam o número dessa população fora do território estudado no sul da
Bahia. No litoral paulista há diversas famílias Tupinamba, vivendo com
os Guarani-mbyá, reconhecidos pelo Estado brasileiro como tupi-guarani.nasceram, viveram e morreram como gentios, e há hoje muitos de seus
descendentes, que são louros, alvos e sardos e, havidos por índios
tupinambás, e são mais bárbaros do que eles.
COSTUMES
- Os costumes dos TUPIS ou TUPINAMBÁS são
mais conhecidos por causa dos registros que deles fizeram os jesuitas e
os viajantes estrangeiros durante o periodo Colonial.
O mesmo, entretanto, não ocorreu com os tapuias, considerados pelos colonizadores o exemplo máximo da barbárie e selvageria.
Como viviam os Tupis ou Tupinambás
Os
tupinambás moravam em malocas. Cada grupo
local ou "tribo" tupinambá se compunha de cerca de 6 a 8 malocas. A
população dessas tribos girava em torno de 200 indivíduos, mas podia
atingir até 600.
A divisão de trabalho era por sexo, cabendo aos homens as primeiras
atividades e às mulheres o trabalho agrícola, exceto a abertura das
clareiras para plantar, feita à base da "queimada", tarefa
essencialmente masculina. O plantio e a colheita, o preparo
das comidas e o artesanato (confecção de vasos de argila, redes, etc)
eram trabalhos femininos. Instrumentos de guerra - arcos e flechas,
maças, lanças - eram feitos pelos homens. Os artefatos de guerra ou de
trabalho eram de madeira e pedra, e desta última
eram inclusive os machados com que cortavam madeira para vários fins.
O casamento
Entre os tupis, o matrimônio avuncular (tio materno com sobrinha), ou entre primos cruzados, era o mais desejado.
Mas, para casar, o jovem devia passar por certos testes, o principal
deles consistindo em fazer um cativo de guerra para o sacrifício.
A guerra e os festins canibalescos
A vida dos grupos locais ou mesmo de
"nações"
Tupi girava em torno da guerra, da qual faziam parte os rituais
antropofágicos. Guerreavam contra grupos locais da mesma nação, entre
"nações" e contra os "tapuias".
A guerra e os banquetes antropofágicos reforçavam a unidade da tribo:
por meio da guerra era praticada a vingança dos parentes mortos,
enquanto o ritual antropofágico significava para todos, homens, mulheres
e crianças, a lembrança de seus bravos. O dia
da execução era uma grande festa.
Nos banquetes antropofágicos, o prisioneiro era imoblizado por meio
de cordas. Mesmo assim, para mostrar seu espírito guerreiro, devia
enfrentar com bravura os seus inimigos, debatendo-se e prometendo que os
seus logo reparariam a sua morte.
NOME:ANA PAULA BARBOZA MOREIRA