os tapirapes
Desde 1910 até 1947 os habitantes de Tapi’itawa, a maior aldeia do
grupo, receberam visitas contínuas de funcionários do antigo SPI
(Serviço de Proteção aos Índios), prospectores de látex, missionários
dominicanos, protestantes, antropólogos e visitantes nacionais e
estrangeiros. Essa aldeia, onde a população Tapirapé se refugiou no
período de intensa depopulação, é uma das mais antigas e porta de
entrada para o território Tapirapé.
O violento aparecimento de malária, gripe e simples resfriados fez
sua população despencar para menos de cem pessoas no final da década de
1940 (Baldus, 1970). Com a diminuição da população, os remanescentes
passam a se concentrar na aldeia de Tapi’itawa, procurando contato com a
população regional e distância dos pontos setentrionais de seu
território, permanentemente atacados por grupos Kayapó.
Em 1946, não obstante, a nortista aldeia de Xexotawa é novamente
ocupada por um grupo de moradores liderados por Kamaira, importante
líder familiar registrado por Wagley (1988). Cerca de duas dezenas de
pessoas acompanham Kamaira. Esse grupo optou por viver numa aldeia que
não estivesse tão sujeita a contatos com estrangeiros e às doenças
trazidas por estes últimos.
Em 1947 Tapi’itawa sofreu um grande ataque, praticado pelos Kayapó
Metyktire. A aldeia foi saqueada e a maior parte de suas casas,
inclusive a Casa dos Homens, queimadas. Algumas mortes ocorreram,
fazendo com que os Tapirapé de Tapi’itawa se dispersassem por núcleos
regionais, buscando refúgio em fazendas da região e no Posto Indígena
Heloísa Alberto Torres (atual)lucky matheus e leo
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