Os Guarani em território brasileiro sofrem com a presença violenta de
fazendeiros Para os índios Guarani, a terra é a origem da vida. No
entanto,
seu território tem sido devastado por violentas invasões lideradas por
fazendeiros. Quase todas as terras dos índios já foram roubadas.Crianças
Guarani passam fome e muitos líderes já foram assassinados.
Centenas de homens, mulheres e crianças Guarani cometeram suicídio.
Usando da chegada dos espanhóis e portugueses na América, por volta de
1500, os Guarani já formavam um conjunto de povos com a mesma origem,
falavam um mesmo idioma, haviam desenvolvido um modo de ser que mantinha
viva a memória de antigas tradições e se projetavam para o futuro,
praticando uma agricultura muito produtiva, a qual gerava amplos
excedentes que motivavam grandes festas e a distribuição dos produtos,
conforme determinava a economia de reciprocidade. Seu território, o solo
que se pisa, é um tekoha, o lugar físico, o
espaço geográfico onde os Guarani são o que são, onde se movem e onde
existem. Esses povos guardam tradições de tempos muito antigos, que
trazem na memória que vão atualizando em seu cotidiano, através de seus
mitos e rituais. O cerco dos guaranis e Kaiowá se encontram em Mato
Grosso do Sul: erva- mate, cana - de - açúcar , soja e gado. Um dos
maiores males que os Guarani têm que suportar é a invasão e
destruição de sua terra, a ameaça contra seu modo de ser, a expulsão, a
discriminação e o desprezo que vieram com a chegada dos "outros", dos
colonos e dos fazendeiros e, mais recentemente, dos produtores de soja e
de açúcar.
Em 1943, o então Presidente da República, Getúlio Vargas, criou em
pleno território indígena a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND)
que tinha como objetivo possibilitar o acesso à terra a milhares de
famílias de colonos, migrantes de outras regiões do país. A criação
dessa e de outras colônias agrícolas nacionais situou-se dentro da
política da "Marcha para o Oeste", buscando incorporar novas terras e
aumentar a produção de alimentos e produtos primários necessários à
industrialização a preços baixos. No caso havia, também, claro interesse
em povoar a fronteira, onde a Cia. Mate Laranjeira mantinha forte
presença. A CAND, criada pelo Decreto-lei no. 5.941, de 28 de outubro de l943,
abarcava uma área não inferior a 300 mil hectares, a ser retirada das
terras da União no então Território Federal de Ponta Porã. A instalação
dos colonos em terras ocupadas pelos Guarani e Kaiowa provocou problemas
diversos e graves, pois questionou a presença indígena e impôs a sua
transferência para outros espaços. A implantação da CAND alavanca,
também, a ocupação agropecuária e a expansão da presença não indígena e
da infraestrutura de serviços na região.
A partir da década de 1950 acentua-se a instalação de empreendimentos
agropecuários nos demais espaços ocupados pelos Kaiowá e Guarani,
ampliando o processo de desmatamento desse território.
Rayanny, Lorena e Camily
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